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Em estudos observacionais, o consumo moderado de álcool tem sido associado à diminuição do risco para doença cardiovascular em geral, que é o principal determinante da insuficiência cardíaca. Outros pesquisadores encontraram que o consumo pesado de bebida alcoólica pode aumentar o risco para cardiomiopatia. Entretando, acaba de ser publicado, na revista Circulation, um estudo prospectivo mostrando que o consumo moderado (de até duas doses de bebida para homens e uma para mulheres) pode proteger da falência do coração, principalmente entre pessoas que já tiveram alguma doença cardiovascular.
O trabalho envolveu o acompanhamento de mais de 20 mil médicos homens norte-americanos durante mais de 18 anos. Desses, foram selecionados os 904 que apresentaram episódios de insuficiência cardíaca (heart failure), entre os quais foram coletadas, regularmente, informações sobre o hábito de beber. Foi identificada, nesse estudo, uma tendência significativa (p = 0,002) de se manter livre de eventos de insuficiência, da menor (1 dose por semana) para a maior categoria de consumo (sete doses por semana). Isso significa que foi demonstrado que “beber moderadamente está inversamente associado com o risco de falência cardíaca, numa relação dose-resposta”, comentam os autores. Mesmo após ajuste para índice de massa corpórea e doença valvular prévia, a tendência se menteve. Ajuste para prática de exercício físico também não alterou os resultados. Só não foi encontrada associação significativa entre o consumo quando excluídos os pacientes sem antecedentes de doença cardiovascular. Trata-se, segundo os autores, de um dos poucos trabalhos analisando essa associação em longo prazo de consumo.
“Embora todo paciente deva ser aconselhado contra o consumo pesado de bebida alcóolica, nossos resultados sugerem que beber moderadamente pode diminuir o risco de falência cardíaca, especialmente os eventos relacionados com doença cardiovascular prévia”, comentam os pesquisadores.
Entretanto eu acredito que os resultados não devem ser rapidamente generalizados para a população em geral, visto que se trata de amostra de médicos, portanto de nível educacional maior, e cuja dieta e os hábitos de vida “poderiam ser considerados protetores contra a doença cardiovascular”. Resta saber, a partir de estudos específicos, se realmente isso é verdade…
Segundo os resultados do estudo a incidência crua de insuficiência cardíaca foi de 25 por 1.000 por pessoa para o consumo de uma dose semanal de bebida, 20 por 1.000 para 1 a 4 doses, 24,3 por 1.000 para 5 a 7 doses e 20,6 por 1.000 para 7 doses por semana.
Referência(s)
Djousse L, Gaziano JM. Alcohol consumption and risk of heart failure in the Physicians' Health Study I. Circulation. 2007;115(1):34-9.
O trabalho envolveu o acompanhamento de mais de 20 mil médicos homens norte-americanos durante mais de 18 anos. Desses, foram selecionados os 904 que apresentaram episódios de insuficiência cardíaca (heart failure), entre os quais foram coletadas, regularmente, informações sobre o hábito de beber. Foi identificada, nesse estudo, uma tendência significativa (p = 0,002) de se manter livre de eventos de insuficiência, da menor (1 dose por semana) para a maior categoria de consumo (sete doses por semana). Isso significa que foi demonstrado que “beber moderadamente está inversamente associado com o risco de falência cardíaca, numa relação dose-resposta”, comentam os autores. Mesmo após ajuste para índice de massa corpórea e doença valvular prévia, a tendência se menteve. Ajuste para prática de exercício físico também não alterou os resultados. Só não foi encontrada associação significativa entre o consumo quando excluídos os pacientes sem antecedentes de doença cardiovascular. Trata-se, segundo os autores, de um dos poucos trabalhos analisando essa associação em longo prazo de consumo.
“Embora todo paciente deva ser aconselhado contra o consumo pesado de bebida alcóolica, nossos resultados sugerem que beber moderadamente pode diminuir o risco de falência cardíaca, especialmente os eventos relacionados com doença cardiovascular prévia”, comentam os pesquisadores.
Entretanto eu acredito que os resultados não devem ser rapidamente generalizados para a população em geral, visto que se trata de amostra de médicos, portanto de nível educacional maior, e cuja dieta e os hábitos de vida “poderiam ser considerados protetores contra a doença cardiovascular”. Resta saber, a partir de estudos específicos, se realmente isso é verdade…
Segundo os resultados do estudo a incidência crua de insuficiência cardíaca foi de 25 por 1.000 por pessoa para o consumo de uma dose semanal de bebida, 20 por 1.000 para 1 a 4 doses, 24,3 por 1.000 para 5 a 7 doses e 20,6 por 1.000 para 7 doses por semana.
Referência(s)
Djousse L, Gaziano JM. Alcohol consumption and risk of heart failure in the Physicians' Health Study I. Circulation. 2007;115(1):34-9.
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